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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Oscar Niemeyer

A vida me ensinou...




A pedir perdão; a sonhar acordado; a acordar para a realidade (sempre que fosse necessário); a aproveitar cada instante de felicidade; a chorar sem vergonha de demonstrar; me ensinou a ter olhos para ' ver e ouvir estrelas', embora nem sempre consiga entendêl-as; a ver o encando do pôr-do-sol; a sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser; a abrir minhas janelas para o amor; a não temer o futuro; me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesma tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher...

sábado, 1 de outubro de 2011

O TEMPO NÃO PARA - VIVA CAZUZA: LUCINHA ARAÚJO/ CHRISTINA MOREIRA

" ... Ser mãe não é fácil. Filho deveria vir com bula. Não importa o que se faça, sempre vamos errar. Sempre haverá reclamações, recriminações. Como errar é inevitável, decidi pecar por excesso. Excesso de Amor". 
(Pág.: 198)


"... Algumas pessoas acreditam que, com o passar do tempo, a dor da perda diminui. Posso garantir que não, a dor apenas se transforma. Pode não ser tão dilacerante como o choque dos primeiros momentos, das primeiras horas, dos primeiros dias. Mas talvez ela seja mais cruel, por que agora sei que nunca mais aplacará. Sei o que ela fez em meu corpo e em minha mente. É uma dor atávica". 
(Pág.: 175)


O livro conta como Lucinha encarou a morte de Cazuza morreu em 1990. Três meses depois, amigos montaram um tributo no Rio chamado Viva Cazuza - faça parte desse show, cuja renda seria doada ao Hospital Universitário Graffé e Guinle, referência em Aids naquela época. Quando Lucinha Araújo foi entregar o cheque, percebeu que sua atuação contra a doença não havia se encerrado com a morte do filho - ela que queria apenas "lamber as feridas" depois de passar pelo ritual simbólico. Em ’O tempo não para - Viva Cazuza’, Lucinha conta como tomou a frente da ONG que dá suporte a crianças e adolescentes portadores do HIV e qual era seu sentimento logo que a doença se tornou epidemia. O tempo não para - Viva Cazuza traz alguns depoimentos de pessoas que cruzaram e deixaram impressões na vida do cantor, como Ney Matrogrosso, que aposta que Cazuza, hoje, "seria exatamente igual na essência: irreverente, debochado, com alto senso crítico". Lucinha diz que sentiu certo receio de dividir o livro com os amigos do filho, até porque "relações amorosas e de amizade são muito diferentes", mas ela resolveu dar voz a alguns que têm do que recordar. Como Sandra de Sá que chegou a admitir que "Cazuza não está morto, está vivo nessa instituição [a casa de apoio às crianças], é uma luz que ronda para mostrar o caminho". Para além de Frejat, parceiro no Barão Vermelho, Ezequiel Neves - que, segundo Lucinha, foi o "instigador intelectual de Cazuza" -, Nilo Romero e George Israel, há um depoimento de Serginho, "única pessoa com quem Cazuza teve um relacionamento duradouro". Na última vez que Serginho viu o namorado, já muito doente, ouviu a seguinte pergunta: "Vamos começar tudo outra vez?". Serginho confessa que não sabia o que fazer e fugiu sem dizer sequer uma palavra. Mas resume em uma frase o que teria dito: "O que aconteceu, valeu".


"... Sempre digo o que penso, não tenho papas na língua. Não sou, definitivamente, uma pessoa de meios-termos ou meios-tons. Minha vida sempre foi marcada por cores fortes. Quando entro numa briga é pra valer. Não sei dar a volta pelo outro lado, comer pelas beiradas". 
(Pág.: 60)