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domingo, 6 de maio de 2012

O PEQUENO PRÍNCIPE - ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY

"A gente só conhece bem as coisas que cativou. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas, como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!"


Livro de crianças? Com certeza. Livro de adultos também, pois traz dentro de o menino que foi. É uma obra que nos mostra uma profunda mudança de valores; que nos ensina como equivocamos na avaliação das coisas e pessoas que nos rodeiam e como esses julgamentos nos levam a solidão Neste sentido, a escritora continua dizendo que "O pequeno príncipe desenvolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia-a-dia". Sendo assim, voltam ao coração escondidas recordações. A partir disso acontece o reencontro- o homem-menino.


É um excelente livro, retrata muito bem o conflito interno que vivemos. Aqueles que acham que o livro não presta deveriam não só ler aquilo que está escrito, mas pense também na linguagem metaforica em que o contexto foi desenvolvido. Deixe sua criança interior manifestar-se. Vale a pena eu garanto!


"... É bem mais dificil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio". 
 (Pág.: 66)

terça-feira, 24 de abril de 2012

A DESCOBERTA DO MUNDO - CLARICE LISPECTOR

"Disse que as vezes sou impaciente com as pessoas. Tentei explicar a Eva que fico intolerante com as pessoas que não me entendem. Por que no fundo sou muito fácil de se entender. Bem, quer dizer, pelo menos é o que me parece".

(Análisa Mediúnia / Pág. 474)


Uma Clarice Lispector “um pouco sem jeito” apresentava-se a seus leitores, em setembro de 1967, cerca de vinte dias após estrear como colunista do Jornal do Brasil. Esclarecia seu desconforto em escrever por encomenda, algo que fizera, na imprensa, anonimamente. “Assinando, porém, fico automaticamente mais pessoal. E sinto-me um pouco como se estivesse vendendo minha alma.” Ao longo dos seis anos seguintes, a escritora aproveitou aquele espaço das formas mais variadas: ela discutiu acontecimentos recentes, filosofou sobre a existência, tratou de acontecimentos cotidianos, falou de sua família e de suas angústias, e até antecipou trechos de seus romances inéditos. Esse vasto material foi reunido na coletânea de crônicas A descoberta do mundo, em 1984. Confesso que a minha visão sobre Clarice Lispector e seus textos mudou um pouco depois desse livro. São histórias deliciosas de ler, apesar de ser um livro grande e que possa em certo ponto deixar algumas pessoas com o pé atras eu garanto a você que a cada crônica a vontade de ler a proxima será ainda maior.  Pra mim não só foi a descoberta do mundo mas de uma nova Clarice Lispector. 
 

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espirito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

(Não entender/ Pág. 172)
 

domingo, 22 de abril de 2012

ESSE AMOR DE TODOS NÓS - MARINA COLASANTI

"É o amor que nos torna verdadeiramente humildes; por que desvaloriza infinitivamente tudo aquilo que não é o bem-amado. É de tal modo ocupado por ele, que faz com que nos esqueçamos de nós mesmos".

                                                                                                   (Fénelon - 1651/1715 - Pág: 48)


São citações, versos, noticias de jornal, trechos de livros, conclusões de estudos bioquímicos e antropológicos com as segundas e terceiras intenções de Marina Colasanti. Com a intenção de mostrar que através de tantas falas, conceitos, pontos de vista, foi sendo construída a ideia de amor que hoje nos conhecemos. Uma ideia que continua em construção, sensível à descoberta científica, ao livro do poeta, à publicidade etc.
Não são apenas frases, mas visões do amor que dialogam ou se contrapõem.  Se Napoleão Bonaparte afirma que “o amor traz mais mal que bem”, Mario Quintana responde: “Amar é mudar a alma de casa”. 
Um belo livro dividido em frases que se ajustam e fazem o leitor refletir sobreas dores e delicias desse sentimento que é de todos nós. 


"Eu sei que escolhi alguém que era o meu oposto, como um dramático exemplo daquilo de que sentia falta em mim mesma". 

(Gloria Steinem, Revolution from within: a book og self - esteem, Gorgi, 1993)


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Turma da Monica - pedidos de Ana Carolina

Hoje no fim de aula da Escola Arco- iris Ana Carolina que conheci através do CEFAS (Centro de Formação e Apoio ao Surdo) me fez um pedido. Queria a menina do Detão.. isso mesmo Mônica! E quando disse que faria, ela resolveu me pedir todos os personagens!  Pedido cumprido.. 



O sorriso dela ao identificar o próprio nome foi incrível! Quer pagamento maior? 




segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O MILAGRE - NICHOLAS SPARKS

" O amor poderia ser colocado em movimento rapidamente, mas o verdadeiro amor precisava de tempo para se transformar em algo forte e duradouro. O amor era, acima de tudo, compromisso e dedicação, era acreditar que o passar dos anos com uma determinada pessoa iria criar algo maior do que a soma daquilo que ambas poderiam conquistar separadamente. Somente o tempo, contudo, poderia mostrar se a sua avaliação estava correta".
         (Pág.196)


Resumo da obra: 

A pequena cidade (fictícia) de Boone Creek vem atraindo curiosos por causa do seu mistério das luzes no cemitério. Por causa de uma carta enviada por uma moradora, Jeremy Marsh - um jornalista investigativo, que investiga principalmente casos sobrenaturais - decide sair de Nova York para investigar esse caso na pequena cidade da Carolina do Norte.


Lexie Darnell é quem cuida da biblioteca da cidade. A menina de ouro, mas que, por causa de algumas decepções, passou a se durona, e às vezes até arrogante. Ela é quem vai ajudar Jeremy a achar os livros para as pesquisas sobre o histórico da cidade e do cemitério. Mas esse encontro não tem um resultado totalmente positivo para o jornalista, que, em vez de se concentrar nas pesquisas, constantemente deixa seus pensamentos passearem na sala ao lado.


Me considero uma já grande fã de Nicholas Sparks. Esse é o segundo livro que li do autor (o outro foi Querido John) e a história de 'O Milagre' é tão belo quanto Querido John. Os livros de Nicholas Sparks são famosos por serem muito tocantes, sentimentais e profundos. 


O milagre a história é cativante, os personagens são muito bem construídos! Eu me vi desejando poder dá uma volta pela cidade de Boone Creek de verdade.
E como são apaixonantes Jeremy e Lexie. Uma bela dupla. 
Recomendo demais!